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Carimba aí!

Written By Ana Raquel on quarta-feira, julho 13, 2011 | quarta-feira, julho 13, 2011

O processo do visto norte-americano não é dos mais simples de ser providenciado. Não para brasileiros, pelo menos. Após o 11 de Setembro, as portas na "América" (detesto essa expressão) ficaram entreabertas e os últimos dez anos não foram fáceis pra quem quis viajar pros states.

Histórias e mais histórias de vistos negados, perguntas capciosas e atendentes mal-humorados apimentam a aventura que é a viagem até a Rua Henri Dunant, 500 - local onde fica o Consulado dos Estados Unidos em São Paulo.
Embora todas as preocupações, não havia tempo a perder, já que os ingressos para o show estavam comprados e as passagens deveriam ser urgentemente providenciadas, caso contrário a facada seria muito maior. Diferente da Lu, que já estava com o visto em mãos, estávamos em Junho e e eu deveria correr contra o tempo, mas daí a bela surpresa: a próxima data disponível para entrevista seria somente em Setembro. "Ferrou", eu pensei, mas encontrei uma outra maneira.

Um tempo atrás, um conhecido havia contratado uma empresa que agenda os vistos bem rapidinho. Não tem nada de ilegal, gente, simplesmente a pessoa cobra um valor X para procurar loucamente por datas, uma vez que há muita desmarcação. Eles aproveitam a brecha e marcam pra você. Vamos ao processo:

1) Tudo é feito por e-mail e a empresa te dá duas opções de preço: R$ 300 somente para o agendamento ou R$ 650 com assistência para preenchimento da documentação e pagamento das taxas (agendamento e consular); 2) Você faz o depósito do valor total combinado, envia o comprovante e pronto, três (TRÊS) dias depois eu já tinha a data marcada; 3) No dia encontrei com uma das pessoas da agência que me entregou os comprovantes de agendamento e do pagamento da taxa. Voilá!

Dica importantíssima: hora marcada não significa hora de atendimento. É chato pacas. Chegue com 1h30 de antecedência. A fila até a porta pode estar grande, mas é sussa. Não leve nenhum eletrônico (alarme do carro, celular etc.). Há guarda-volumes pela rua toda e o preço médio é R$ 7. Vale a pena se você não vai de carro. Passado o portão, mocinhas pouco simpáticas verificarão se você está com os documentos que já mencionei e darão um check in eletrônico no seu passaporte.

Depois disso você passará por um detector de metais e bem vindos ao inferno. Lá dentro a fila é maior ainda. hahahaha Há uma verificação para retirada de senha, que te levará à pré-entrevista, onde o atendente perguntará o motivo da sua viagem, pegará seu(s) passaporte(s) - se tiver outro passaporte com visto, leve - e te encaminhará para a fila da entrevista.

Se prepare, porque sempre há aquele chato que quer puxar assunto pra tudo. Uns contam vantagem, outros se fazem de coitados, mas uma coisa é comum pra maioria: todo mundo indo pra Miami e achando o máximo.

Chegada a hora da minha entrevista, eis que me deparo com a seguinte figura: uma moça nos seus 20 e poucos anos, morena, mexicana (sotaque carregadíssimo) e vestidinha de caipira. Nhooo, coisa linda (not). Trancinhas, rosto com blush rosa e pintas pretas, e uma gravatinha ridícula do Chico Bento presa com um elástico em volta do pescoço. "Porra, atendente, como eu vou te respeitar assim?", eu pensei. Se não bastasse a fantasia, ela só não pediu pra ver a cor da minha calcinha, porque não era muito relevante, mas quase. Amigos, não esqueçam NUNCA de levar sua declaração de IR. É batata quando eles encasquetam.

Conversamos por cinco minutos, tudo muito rápido. Onde trabalha, o que faz, por que vai, quem vai pagar e em diante. No fim, a resposta: "seu visto foi aprovado". Ufa! Tudo o que fiz, então, foi pegar outra fila (ha-ha) para pagar a taxa de entrega. Como moro em Santo André, paguei R$ 22 pelo Sedex com AR (aviso de recebimento).

Pronto, missão cumprida! A caipirinha foi com a minha cara e eu não precisarei atravessar a fronteira nadando. :D

Aqui você pode ter mais informações sobre o processo e documentos. E aqui a empresa que eu contratei para agendar meu visto, se você tiver um caso urgente.

Beijos,



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Sobre Ana Raquel

Jornalista, 36 anos, canceriana, chorona. Se emociona com tudo. Vive sem muito planejamento, mas com muitos planos.

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