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Dia 3: Varadero (Cuba) - Calle 62 e Havana Club

Written By SINTRIP on segunda-feira, novembro 19, 2012 | segunda-feira, novembro 19, 2012

Depois de assistirmos à super animação do hotel, como você viu no último post, pegamos um táxi e partimos, com nossos VIPs em mãos para o Havana Club, que fica na Rua 62.
O taxista disse que não poderia entrar na rua (porque a mesma estava tomada pelo público das baladas) e nos deixou na esquina, onde havia um bar, chamado Calle 62 (o nome da própria rua), com música ao vivo e muita gente dançando.


Passamos pelo bar, seguindo em frente, em direção ao Havana Club. Quando chegamos na balada, que ainda estava vazia, ouvimos, da porta, músicas do Michael Jackson e da Madonna. Espera! Não estávamos em Cuba para ouvir músicas que ouvimos no Brasil!
Demos meia volta e voltamos para o bar Calle 62 onde as pessoas estavam dançando Salsa.


Que lindeza! A banda, só de mulheres, arrasou demais! E o público, com muito mais local que turista, estava muito divertido, dançando em fileira com passinhos combinados. Achei o máximo! 
De repente, um cara com dentes de ouro (observação desnecessária), me puxou para dançar. Eu já estava olhando ele dançar com outras mulheres e achando-o incrível. Então ele disse que era professor de Salsa e eu me senti muito honrada em poder bailar com um professor cubano de verdade, apesar de ele ter sido "bonzinho" nos passos por saber que eu era estrangeira e talvez não soubesse dançar nada. Haha.


No Brasil (mais em São Paulo e no Rio de Janeiro, especificamente), existe uma prática nos bailes de dança que consiste em contratar dançarinos para serem "Personal Dancers". Se eu quiser sair para dançar, não tiver um parceiro e não quiser correr o risco de passar a noite inteira sentada, esperando alguém me tirar pra dançar (nos bailes brasileiros há muito mais mulheres que homens), eu contrato um Personal e passo a noite dançando com ele.
Explico isso porque, quando terminamos de dançar, o tal professor ficou insistindo para sairmos no dia seguinte. Disse que havia gostado de mim e que queria passar a noite inteira dançando comigo. A Ana, sabendo dessa prática brasileira de contratar Personal, perguntou à parceira de dança dele se eles cobrariam para dançar com a gente e ela ficou super ofendida. Explicamos como funcionam as coisas aqui no Brasil, mas ela deu uma emburrada depois dessa pergunta. Achei pertinente comentar sobre isso, caso você passe por uma experiência parecida. Não pergunte sobre valores. Os cubanos dançam por puro prazer. (Tudo bem que eu tenho certeza que eu teria que pagar uns drinks para ele, mas enfim).

Foi a primeira vez que eu dancei Salsa em Cuba e já pude perceber como os cubanos dançam diferente dos brasileiros. É uma pegada muito mais "chão", mostrando claramente a origem africana da dança. No Brasil, as mulheres levantam os bracinhos e parecem querer voar -- raízes do Balé. Lá não tem bracinho para o alto, não. É peso no chão e movimentos sempre para baixo.

Assim que a banda parou de tocar, lá pela meia-noite, toda a galera que estava dançando enlouquecidamente migrou para outros lugares. Muita gente desceu para o Havana Club e lá fomos nós.
A primeira impressão não foi muito boa: nos sentimos nas baladinhas de Las Vegas, rodeadas de gringos e europeus, ao som de músicas do Pitbull, Jennifer Lopez e afins. Mas já que estávamos ali, queríamos mais era aproveitar!


E, como você percebeu no vídeo, não deu nem cinco minutos, os cubanos já se aproximaram. :P
Demos uma volta, dançamos, tomamos um Mojito... Bebida em Cuba é uma coisa bem baratinha. Veja o cardápio do Havana Club:

Cardápio do Havana Club. Preços em CUC, que equivalem ao Dólar.
E voltamos pra pista, de onde não saímos mais.
É claro que tocou Michel Teló e Gusttavo Lima. Eles são febre em Cuba também (assim como em todos os lugares do mundo)... E os gringos foram ao delírio! (Do jeito deles, afinal, gringo não sabe dançar, né? Haha).


Nos acabamos de dançar e, no fim, valeu a pena (mesmo sendo uma balada para turista), pois nos divertimos muito! Estilão Vegas mesmo (só que mais cafona).


Quando a balada já estava esvaziando, lá pelas 4h da manhã, ficamos um tempo na calçada, conversando com os meninos que havíamos conhecido. Um detalhe: levei umas 300 picadas na perna, que ficaram roxas nos dias que se seguiram. Não ande de saia ou calça curta pelas noites de Varadero sem um repelente, hein?
Então pegamos um táxi que, obviamente, quis cobrar mais caro (porque deve ser fácil enganar turista bêbado àquela hora), mas ele acabou fazendo o mesmo valor da ida (5 CUC). Chegamos no hotel acabadas. Duro foi acordar no dia seguinte, mas isso a Ana conta no próximo post.

Beijos,


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Sobre SINTRIP

Jornalista, 36 anos, canceriana, chorona. Se emociona com tudo. Vive sem muito planejamento, mas com muitos planos.

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