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Dia 6: Havana (Cuba) - Café da manhã, Capitólio, Havana Vieja e Bus Tour

Written By Ana Raquel on segunda-feira, dezembro 03, 2012 | segunda-feira, dezembro 03, 2012

Depois de uma noite turbulenta, com muita chuva e vento, finalmente parecia que o tempo começaria a se acalmar, mas o dia amanheceu feio que só...


Acordamos cedo para tomar café, pois teríamos um longo dia pela frente. E o que será que esse café teria de bom, hein? Era bem simples, como já esperávamos, obviamente. Acho que o segredo para aproveitar melhor seria tentar acordar mais cedo nos próximos dias.


Tudo pronto, partimos a pé para desbravar o bairro onde estávamos, o Malecón, e seguiríamos, então, para Havana Vieja e ver o que a cidade tinha para oferecer. No caminho, nos deparamos com uma Havana que ainda não tínhamos visto, pois nos primeiros dias ficamos afastadas desta região.


Nossa primeira parada foi a praça do Capitólio, local que abrigou o governo cubano após a revolução, em 1959, mas hoje é sede da Academia Cubana de Ciências. Foi construído em 1929 e, ironicamente, foi inspirado na construção de Washington D.C., capital dos Estados Unidos. Infelizmente, quando chegamos, descobrimos que está fechado para reformas por tempo indeterminado. O pior, no entanto, não foi isso. Ali, de fato, pudemos experimentar à queima-roupa todo o assédio que todo mundo contou para nós antes de embarcarmos. Não ficamos em paz um minuto sequer: fotos, charutos, táxis, visitas pela cidade, regalitos...


Já deu para sentir como seriam os próximos dias e não, não é exagero. No caminho, passamos por uma mercearia que vendia de tudo um pouco, mas tinha um aspecto abandonado. Nas laterais, balcões que vendiam um lanche aqui ou ali, refrigerantes e, ao centro, uma espécie de açougue. Pelo visto, parecia que era dia de pegar a porção de carne (de porco) que faz parte da ração mensal que os cubanos recebem. Explicaremos isso melhor para vocês em breve. Fiquei curiosa para saber o que tinha disponível e quanto era. Me meti na fila e perguntei o que compravam. Um jovem e uma senhora me disseram que só havia bisteca, por CUC$ 5 o quilo e salsicha, por CUC$ 0,20 a unidade. Era uma carne tão feia, mas tão feia, que não acreditei no preço que estavam pagando por aquilo. Aproveitamos a pausa para tomar um refresco.


De lá, partimos para a Calle Obispo, um centro comercial bastante conhecido e bastante turístico da restaurada Havana Vieja.


A rua tem show de artistas locais, senhoras sentadas com roupas coloridas oferecendo fotografias (ah, senhores bem velhinhos também, padarias), restaurantes e um mar de lojinhas de souvenirs.

Na rua mais movimentada de La Habana Vieja, cachorrinho ganha crachá por dormir em repartição pública
Passamos pela Praça das Armas, antigamente, a principal praça da cidade no período colonial. Hoje, ainda é um marco importante da cidade, com edifícios militares nos arredores, como o Castelo da Força Real (Entrada por CUC$ 6), a Catedral de Havana e antigos casarões que abrigavam os militares da época.

Entrada do Castelo da Força Real, mas optamos não visitar
Depois de uma boa caminhada de, pelo menos, três horas, fomos até o começo do Malecón e pegamos o nosso amigo, camarada de todas as oras, o Havana Bus Tour. Por CUC$ 5 cada, decidimos dar uma volta para olhar tudo por cima e ver o que seria legal ver com calma depois. Sempre, claro, com a vantagem de descermos do ônibus e pegarmos novamente, quando quiséssemos. 


Em uma das paradas, aconteceu uma cena bizarra. Como já sabem, há pedintes por toda cidade e eles não se acanham por conta da altura dos ônibus turísticos, muito pelo contrário. Vendedores jogam manís (amendoim) para os passageiros e pessoas pedem dinheiro a todo momento. Dois homens muito peculiares, no entanto, se aproximaram. Um deles acreditava ser a personificação de Fidel Castro. Bom, resolvi jogar uma moeda. O problema foi que, quando eu joguei, ela bateu na mão deles e caiu no bueiro. Ah não! Ok, joguei mais uma, mas foi uma cena, no mínimo, interessante.

Nós no ônibus e nossos amigos da rua procurando pela moeda, coitados
Neste vídeo você sente um pouquinho do clima da cidade com a gente:



Olhos de linces que temos, ao passarmos pela Calle 23, no bairro de Miramar, avistamos um lugarzinho que parecia ser, no mínimo interessante e descemos correndo para conferir de perto. E foi sim, bastante interessante... a Lu conta como foi no próximo post. :)

Até mais!


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Sobre Ana Raquel

Jornalista, 36 anos, canceriana, chorona. Se emociona com tudo. Vive sem muito planejamento, mas com muitos planos.

2 comentários :

  1. O post de vocês é muito bom, aliás excelente, com êle descobri 2 coisas: primeiro achei Cuba muito feia, perdi a vontade de ir para lá e segundo: agora eu sei porque o Fidel proibiu a saída dêles por que são muito chatos
    um abraço
    douglas

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    1. Poxa, Douglas, que pena, mas é bacana encarar um destino de viagem com outros olhos, pois a beleza de um lugar (ou a falta dela) não exclui seu valor e toda a sua cultura, não é mesmo?

      E sobre os cubanos, que pena, vamos discordar: só encontramos pessoas incríveis por lá. ;)

      Até!

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