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Dia 7: Havana (Cuba) - Havana Vieja, La Bodeguita del Medio e Coppelia

Written By Ana Raquel on sexta-feira, dezembro 07, 2012 | sexta-feira, dezembro 07, 2012

Mesmo depois de uma noite agitada, acordamos cedo no sábado para aproveitar a cidade e ver tudo o que ainda não tínhamos visto. Saindo do Malecón, sentido à Havana Vieja, percebemos a cidade acordando e o tempo fresco ajudaram a curtimos um pouco aqueles momentos de silêncio que teríamos - sim, em breve não teríamos mais paz com a abordagem nas ruas.

O nascer do sol e o Museo de la Revolución
Passamos pelo Museo de la Revolución, que foi a residência presidencial em Cuba até 1959, ano em que  o então ditador Fulgencio Batista foi deposto por Fidel Castro durante a Revolução. O museu mantém um acervo de objetos e documentos que relatam histórias sobre a chegada de Fidel e Che à Havana, além de tanques de guerra, armamento, bandeiras etc. Em frente ao museu há também partes da muralha que rodeava a cidade de Havana na época colonial.

Caminhamos mais um pouco e chegamos à Calle Obispo, pois tiramos o dia para fazer as compras dos presentinhos de viagem. Como já comentamos aqui, esta rua é um shopping a céu aberto, com inúmeras lojas de souvenirs, restaurantes, bancos e comércio local. Encontramos, então, uma feirinha muito legal de artesanato, muito organizada e com coisas bem bacanas para comprar. Esta rua também é ótima para encontrar pessoas de todos os tipos. :)




Saindo da Calle Obispo, seguimos em direção à Plaza de La Catedral, um lugar super bonito, restaurado, bem diferente do resto de Havana. Por ali, há inúmeros restaurantes e paladares, bares e a igreja que dá o nome à praça, a Catedral de Havana ou Catedral de la Virgen María de la Concepción Inmaculada de La Habana (ufa!). Ela foi nomeada pela UNESCO como patrimônio mundial e é considerada pelos cubanos a construção mais importante da cidade. O lugar é realmente muito bonito e, embora eu nunca tenha ido à Espanha, a arquitetura da praça me remeteu à memórias de filmes e fotos que vi sobre pequenas vilas espanholas. Super turística, a praça tem muitos locais tentando te levar para os restaurantes, ou gente fantasiada oferecendo foto, velhas cubanas lendo as cartas...

A praça e a catedral


Figuras que podem ser vistas na Praça da Catedral
Em uma ruazinha que desemboca na praça está o bar La Bodeguita del Medio ou La B del M, como está escrito em vários lugares. Super popular em Havana, o bar ficou conhecido por receber figurões da política e da arte desde a sua abertura, na década de 40. O bar, que detém o título de ter sido o berço dos mojitos, foi eternizado por Ernest Hemingway, escritor norte-americano (autor de Por quem os sinos dobram) que escreveu a célebre frase "my mojito in La Bodeguita, my daiquiri in El Floridita", logo, uma horda de turistas se amontoa todos os dias para tomar os famosos mojitos. E deliciosos, devo admitir. 



Ah, e sabe o que é ótimo? Lá você pode pagar com cartão de crédito, logo, prepare o seu bolso para lindos presentinhos, kits incríveis de rum, comida gostosa e por aí vai. A Lu e eu passamos um bom tempo ali, sentadas, curtindo a música, tomando muitos mojitos (CUC$ 4) e batendo papo com o pessoal do bar. Eu comprei uma bandeja bem legal com o nome do bar (CUC$ 15), a Lu um imã (CUC$ 6) e mais algumas lembrancinhas. 


E olha que legal, em qualquer parte do bar, seja na parede de fora, nos balcões, nas paredes internas, na cozinha, no banheiro, enfim, em QUALQUER parte do bar você pode deixar a sua marquinha. :) Se quiser marcar com um canetão, eles vendem, mas custa CUC$ 6.


Caminhamos até o início do Malecón e pegamos novamente o Habana Bus Tour, já que não havíamos tido tempo de ver a cidade toda. Novamente pagamos CUC$ 5 cada e partimos para ver a cidade de cima, só que agora, com um sol incrível. Fizemos todo o percurso do ônibus que deve durar 1h, 1h30 no máximo. Ele faz toda a avenida Primeira, que é também avenida Malecón e tem mais um tanto de nomes. Vimos o Cementerio de Colón, o quinto maior cemitério urbano do mundo, passamos novamente pela Plaza de la Revolución, vimos a Faculdade de Medicina e passamos por outros bairros mais afastados da parte turística da cidade.



Quando chegamos à La Rampa ou Calle 23, lembrei que ali está a famosa sorveteria Coppelia. Me assustei com a fila imensa de cubanos que estava formada na entrada, mas só fui entender depois. Funciona assim: para os desavisados, como nós, que fomos entrando (parece um parque público), há um guarda organizando a bagunça. Sim, um guardinha. Na hora achamos estranho, mas hoje eu entendo que ele estava ali só para botar ordem nas filas. Ele pergunta em qual moeda você quer pagar, CUC$ ou MN$. Se é em CUC$, como a maioria dos turistas, ele te indica um trailer à esquerda, com uma área com mesinhas e atendentes nada simpáticas. Agora, se é em MN$, tem que esperar na fila que se arrasta por todo o quarteirão e faz a curva, sério.



Se eu soubesse dos preços, talvez tivesse encarado a fila, juro. Para os cubanos, além da Coppelia ser um dos poucos luxos ao qual eles podem se dar, o preço é muito, muito barato. Eu paguei CUC$ 3,20 em duas bolas sem-vergonha de sorvete de chocolate e baunilha. Agora pasmem: uma banana split para quem paga em MN$ custa CUC$ 0,12. Corei. :( Fora que dentro da Coppelia mesmo, há muito mais opções de sabores. Acabamos pagando caro por sermos turistas e não termos perguntado se poderíamos pegar a fila. Em Cuba, pergunte. Pergunte tudo, a todos. Você não sai perdendo e ainda pode viver experiências muito mais ricas (e menos caras). Aprendemos na marra!

Naquela noite, enquanto esperávamos pela Míriam, ficamos no bar do hotel tomando mojitos.


Quando percebemos que ela começou a demorar, ligamos, mas levamos o maior bolo. :( Bom, poderia ter sido pior se não tivéssemos conhecido um novo amigo, o querido Massimo Salvitti, um italiano apaixonado por Cuba -- com tatuagem do Che, da ilha e foto do Fidel no celular. Comunista que só ele, conversamos durante horas sobre a ilha, sobre as pessoas, sobre nossas terras natal e assim terminamos nosso sábado. :)

Até mais!

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Sobre Ana Raquel

Jornalista, 36 anos, canceriana, chorona. Se emociona com tudo. Vive sem muito planejamento, mas com muitos planos.

3 comentários :

  1. Posso te dizer que a experiencia de comer no La B del M foi maravilhosas. Comida tipi a e saborosa... Voltamos para encerrat a viagem! Lisandra

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    1. Que legal, Lisandra! Alguns amigos que foram lá disseram a mesma coisa. Espero voltar em breve pra fazer isso. :) Beijo

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  2. E a pergunta que não quer calar: o sorvete vale a fila?? rsrs
    bjs!

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