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As praias de Floripa - Parte 2 (Sul)

Written By SINTRIP on terça-feira, julho 29, 2014 | terça-feira, julho 29, 2014

No último post, falei sobre as praias do Leste da Ilha de Santa Catarina e da Lagoa da Conceição, no centro de Florianópolis. Hoje falo das praias do Sul. Não sou muito frequentadora dessas praias porque sempre me hospedo no Norte da Ilha, mas as principais, que você deve conhecer caso fique por essa região de Florianópolis são: Armação, Campeche, Pântano do Sul, Matadeiro, Ribeirão da Ilha, Morro das Pedras... São todas lindas! 

A praia da Armação é bem histórica. Lá, era praticada a pesca da baleia (que hoje é proibida), que foi fundamental para o desenvolvimento de Florianópolis. Durante o verão, a praia da Armação recebe bastante turista e, por isso, oferece várias opções de bares, pousadas e restaurantes. Dessa praia saem os barcos para a Ilha do Campeche, uma das mais visitadas ilhas que rodeiam Floripa. 


E por falar em Ilha do Campeche, a praia do Campeche (ela fica na Ilha de Santa Catarina, de frente para a ilha de mesmo nome), situada entre a Joaquina e o Morro das Pedras, tem uma larga faixa de areia branca e fina, às vezes com formação de dunas. O mar grosso tem águas frias e de salinidade elevada. 


Uma das mais ricas colônias de pescadores da Ilha, a praia Pântano do Sul tem 2,35 Km de extensão, com mar aberto e um pouco agitado. A maioria dos frequentadores é de nativos que procuram um lugar tranquilo pra viver. Em um lugar com tantos pescadores, não poderia haver outra coisa senão uma variedade de restaurantes especialistas em frutos do mar, que estão sempre lotados. Vale conferir. 

Além disso, é em Pântano do Sul que estão os mais antigos registros arqueológicos, com conchas, restos de cozinha e esqueletos amontoados há aproximadamente 4.500 anos! 

Outra região com grande importância histórica é o Ribeirão da Ilha, a primeira comunidade de Florianópolis a ser habitada, no século XVI, por índios Carijós. A 36 Km do centro de Floripa, a região é composta por várias praias pequenas, de areia grossa e águas calmas. Lá, os traços da colonização portuguesa estão muito bem conservados. Um passeio até a praia permite o contato direto com os costumes e cultura açorianos: a arquitetura é bem típica, com paredes rosas ou azuis, janelas amarelas ou brancas, cortinas de renda... Se você gosta de sair do comum, vale a visita.

Matadeiro é uma praia tranquila a que só se tem acesso a pé, por um caminho de 200 metros após atravessar o rio que vem da Lagoa do Peri. E é exatamente esse caminho que atrai os turistas no verão e os surfistas o ano todo. Pra quem curte a natureza, Matadeiro é uma ótima pedida. Ah! Não se assuste com esse nome! Ele veio da época em que se matava baleia por lá. Hoje, como citei acima, essa prática é proibida.

E por falar em natureza, a praia do Morro das Pedras é um espetáculo a céu aberto. Quem for para o Sul da Ilha, precisa ver de perto a beleza do mar se chocando contra as pedras, fazendo com que a água seja lançada a vários metros de altura. Quem quiser ver esse show do alto, pode fazer uma visita à Casa de Retiro dos Padres Jesuítas, construída com pedras, no topo de uma colina. Na praia do Morro das Pedras, ou Morrão como os manezinhos a chamam, não há quiosques à beira mar e a natureza permanece intacta. Essa praia fica a 22 Km do centro, entre o Campeche e a Armação, e suas ondas são bem agitadas.

Outro lugar onde a natureza é preservada é a Lagoinha do Leste. Nessa praia, pode-se encontrar os últimos redutos de Mata Atlântica em Florianópolis: o Parque Municipal da Lagoinha do Leste compreende uma área de 453 hectares de mata nativa, linda e exuberante e tem sua preservação permanente, decretada por lei. Graças a dificuldade de acesso à Lagoinha do Leste (não há estradas), a natureza comanda por ali. Para chegar há três maneiras: a pé, de barco ou de helicóptero. O desembarque de barco é bem precário por causa da rebentação; nem todas as pessoas têm condições de tomar um helicóptero para dar um passeio, então, a melhor opção mesmo é ir a pé. 

A 34 Km do centro, a Lagoinha do Leste pode ser acessada por duas trilhas: uma saindo da praia do Matadeiro e outra da praia do Pântano do Sul. A caminhada é pesada por ambas as trilhas, mas pode ser encarada numa boa por quem gosta desse contato íntimo com a natureza. Para chegar mais rápido (uma hora de caminhada), a trilha que começa no Pântano do Sul, passando pelo meio do mato e dos morros, é a mais utilizada pelos turistas. A outra trilha, que começa no Matadeiro, é mais longa. Como só se chega à praia de Matadeiro por uma outra trilha, a caminhada acaba começando antes, na praia da Armação. Mas o passeio inteiro é digno de cartão-postal. O caminho passa pela encosta do morro, margeando o alto do costão à beira-mar e em duas horas e meia ou em três horas, ele dá para a paisagem de beleza alucinante da Lagoinha do Leste.

A praia tem pouco mais de 1 Km de extensão, voltada para mar aberto. Cercada por morros, ela tem uma pequena lagoa (que dá nome ao local), formada pelos pequenos córregos que nascem na floresta. A biodiversidade dessa praia é grande, mas, por favor, não incomode os habitantes locais (gaivotas, lagartos, pequenos roedores, gaviões e até cobras -- que não vão fazer nada se você não fizer nada pra elas) nem deixem seus lixos como lembrança, ok? 

Se você quiser fazer o passeio para a Lagoinha, um conselho: prepare-se antes. Acorde cedo para conseguir aproveitar o dia e não pegar a trilha de volta no escuro. Não vá sozinho: a caminhada é longa e, se você torcer o tornozelo, por exemplo, não conseguirá ajuda tão rápido. Outra dica básica é: leve comida. A Lagoinha não tem bar, quiosques ou restaurantes. A água pode ser bebida nas fontes pelo caminho se tiver chovido nos dias anteriores, mas, de qualquer forma, é bom se prevenir. Não se esqueça também de ir de tênis, de roupas leves e de usar o protetor solar. Na Lagoinha do Leste você pode ter a sorte de assistir (não é sempre que acontece) o espetáculo das algas fosforescentes, que deixam a água cintilante e brilhando. Lindo de morrer! :D

No próximo post sobre Florianópolis, falarei sobre as praias do Norte da Ilha, as que mais frequento. 


Beijos,

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Sobre SINTRIP

Jornalista, 36 anos, canceriana, chorona. Se emociona com tudo. Vive sem muito planejamento, mas com muitos planos.

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