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Dia 18: Madri (Espanha) - ¡Hasta luego!

Written By Luciana Sabbag on terça-feira, agosto 18, 2015 | terça-feira, agosto 18, 2015

A segunda-feira, 15 de junho, era o meu último dia em Madri. Acordei meio pra baixo, porque não estava com vontade de deixar a Espanha. Mas o que eu poderia fazer? Toda viagem tem o seu fim, certo? :/

Levantei, tomei meu café-da-manhã e me despedi do meu amigo, que teve de viajar a trabalho. O tempo estava feio e, quando voltei para o meu quarto para arrumar as minhas coisas, começou uma chuvarada louca. Assim que fechei a minha mochila, não tive coragem de sair e resolvi tirar um cochilinho. 

Acordei na hora do almoço e morta de fome. Ainda estava garoando, mas eu estava sozinha em casa e precisava comer. Então, saí andando em busca de um lugar gostosinho (e acessível) para almoçar. 

Dia 18: Madri (Espanha) - ¡Hasta luego!

Desci a Calle Serrano, em direção à Rodilla (torcendo para encontrar algo antes, senão eu almoçaria por lá mesmo) e achei um lugarzinho que me apeteceu: a Cervecería Serrano (Calle Serrano, 52), onde havia um monte de engravatados almoçando. 

Gosto muito desse costume europeu de colocar o cardápio com preços do lado de fora. Assim, já podemos ter uma ideia do quanto vamos gastar. E foi por isso que escolhi a Cervecería Serrano. Lá, eles servem um combinado por 8,85 euros, com um ingrediente principal e duas guarnições.

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Apesar de não ter nada a ver uma coisa com a outra, eu escolhi lula (calamares), como principal, e batatas fritas (patatas) e croquetes (croquetas-caseras) como guarnições. Com bebida, gastei 10 euros. 

Dia 18: Madri (Espanha) - ¡Hasta luego!

Não foi uma escolha muito saudável, mas estava tudo bem bom. E eu não sou mesmo uma pessoa saudável. Hahaha. Almoçar sozinha é uma parada bem deprê pra mim, por isso, fiquei refletindo e escrevendo. Aí um trechinho do meu diário:

Último almoço em Madrid. Tive um fim de semana inesquecível e, depois de 17 dias aqui, já me sinto uma espanhola (só faltava falar o idioma fluentemente e sem esse sotaque que, na hora, entrega de onde vim). Acho que até minha linguagem corporal diz isso – fui parada na rua por três pessoas pedindo informação.
Sentirei falta dessa gente fria, que não abraça, mas sorri por tudo e fuma feito chaminés em todo e qualquer lugar. Acho até que eu ficaria aqui pra sempre (se pudesse ir e vir num piscar de olhos, abraçar minha família e meu cachorro). O trabalho daria pra trazer de qualquer maneira. Só precisaria aprender a comer direito nesse país. Pão, presunto e lula por dezenas e dezenas de reais: não aguento mais. Nem a tal sopa fria de tomate.
Mas eu realizei um sonho. Fui feliz demais aqui e sou gratíssima a Deus por isso.
Agora vou para Paris (sim, desisti de Zaragoza e Barcelona), cheia de saudade e com o coração apertadinho.

Terminei de comer, fiquei me despedindo mentalmente da cidade, enquanto fumava um cigarro, e voltei pra casa. Mais um cochilinho de meia hora (que preguiça sem fim, socorro!) e parti caminhando para o metrô. Ai, que vontade de chorar!

Eu precisava tomar a linha 8 para o Aeroporto de Barajas e eu estava na linha 5 (estação Nuñez de Balboa), portanto, tinha que fazer três baldeações. Veja o mapa do metrô de Madri:

Dia 18: Madri (Espanha) - ¡Hasta luego!

Demorei uma hora para chegar ao aeroporto e estava (quase super) atrasada quando lembrei de gravar o vídeo sobre o metrô para você.


Corri para o check-in da EasyJet e tive uma surpresa: quando meu pai comprou a passagem pra mim do Brasil (porque eu não estava conseguindo finalizar o pagamento pelo celular) ele leu que cada passageiro tinha direito a uma bagagem. Eu estava tranquila quanto a isso porque eu só tinha meu mochilão mesmo. Só que, no check-in, não me deixaram despachar a mala nem entrar com ela na cabine. É óbvio, ela pesava muito mais que uma bagagem de mão! O que eu não sabia é que eu teria que pagar QUARENTA EUROS para despachar a mala! Só sei que, no fim, não foi nada baratinho voar de Madri a Paris, como parecia ser.

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O total ficou em 128 euros, ou seja, mais de 500 reais. E, só para constar, eu cheguei a cotar o trem, e saía praticamente o mesmo valor (custava 100 euros), só que demoraria quase um dia inteiro, enquanto que, de avião, eu demorei duas horinhas.


O voo foi horrível: barulhento, os comissários eram super grossos (falando só em francês) e os passageiros não paravam quietos. Além do mais, minha cadeira não deitava, porque era a última (e eu não pude reservar um assento antes, ou teria de pagar mais uma taxa), e pegamos altas turbulências. Mas, cheguei, sã e salva, em Paris.

Minha amiga Helô foi me buscar no aeroporto e fomos para a casa dela, em Gagny, uma cidadezinha no entorno de Paris. Ficamos papeando até altas horas porque fazia 14 anos que não nos víamos. Por fim, capotamos.

Veja todos os posts sobre a Espanha aqui.

Beijos,




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Sobre Luciana Sabbag

Jornalista, 36 anos, canceriana, chorona. Se emociona com tudo. Vive sem muito planejamento, mas com muitos planos.

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