Onde se hospedar é sempre a nossa maior dúvida quando planejamos uma viagem. Madri é uma cidade grande e muito eclética, por isso foi bem difícil, para mim, escolher o bairro em que eu gostaria de me hospedar. Acabei ficando em três regiões completamente diferentes (La Latina, Ventas e Salamanca) para sentir com qual eu me identificava mais.

O ideal é que você se hospede em um lugar onde se sinta mais à vontade. Você prefere um lugar mais tranquilo ou gosta mesmo da boemia da cidade? Conheça as principais características dos bairros de Madri, e escolha o que mais combina com você.
La Latina

Esse bairro foi o meu primeiro contato com a cidade de Madri. Do aeroporto, desci na estação Puerta de Toledo e a primeira impressão que tive foi bem boa. Fiquei em uma casa que aluguei pelo Airbnb a duas quadras da igreja mais linda que já vi em toda a minha vida, a Real Basílica de San Francisco El Grande.
La Latina foi o bairro de que mais gostei em Madri. Fica pertinho do centro (e dos principais pontos turísticos), tem uma noite super agitada, cheia de bares e muita, mas muita gente, e dá pra fazer tudo a pé. Gostei bastante da facilidade de ter mercados e lojinhas por todos os lados, além das estações de metrô. É um bairro barato (por ser muito popular) e é o principal destino dos madrileños aos domingos por causa da feirinha El Rastro. Só não gostei de uma coisa: é difícil encontrar um restaurante para jantar. Parece que todos os lugares só oferecem tapas (e não dá pra matar a fome com tapas).
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Sol

Esse é o bairro mais central de Madri e, por isso, o mais cheio de turistas. É lá que está a maioria dos albergues/hostels e é o bairro ideal para quem viaja sozinho. Sol é perto de todos os lugares que você vai querer visitar, como o Palácio Real, a Plaza Mayor, a Gran Vía etc. É o melhor lugar para fazer compras e para comer. Sol tem muitos restaurantes, de todos os tipos.
Veja aqui hotéis na região de Sol.
Lavapiés

Este é o bairro da Madri de raiz. Repleto de imigrantes, o bairro não é muito bonito mas abriga uma grande diversidade de cultura. Não há por ali nenhum ponto turístico imperdível, mas para quem gosta de conhecer a vida local, até é uma boa pedida.
Veja aqui hotéis em Lavapiés.
Cortes

Cortes é o bairro onde está o Passeo del Prado, a avenida linda e arborizada, endereço dos museus del Prado, Thyssen e da Plaza de Cibeles (foto do início do post). A maioria dos hotéis ali são de luxo porque esta era a região mais glamurosa da antiga Madri. Fica pertinho do Parque del Retiro. É uma região calma e sem muitas opções de lazer noturno.
Veja aqui hotéis em Cortes.
Malasaña

Antes de fazer minha primeira reserva de hospedagem em Madri, minhas amigas espanholas me aconselharam ficar em Malasaña, mas acabei não encontrando nada barato disponível. Fui conhecer o bairro quando eu já estava hospedada bem longe dali e gostei -- mas não achei muito a minha cara, não. É o bairro mais jovem de Madri, meio parecido com a Vila Madalena, em São Paulo. Bem boêmio e cheio de gente moderninha.
Em Malasaña fica a Gran Vía, a avenida mais famosa da cidade, cheia de lojas famosas e de muito souvenir, é claro.
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Chueca

Andar por Chueca é como andar pela Rua Augusta e pela Rua Frei Caneca, em São Paulo. Não se impressione com a quantidade de bandeiras de arco-íris que você verá por ali (realmente, tem muitas, em todas as janelas), pois este é o bairro dos gays, moderninhos e descolados. Durante o dia, Chueca é um bairro tranquilo, mas cheio de lugares bacanas, com o melhor da moda alternativa, e salões de beleza diferentes. À noite, é um fervo só. Bares por todos os lados, gente bonita por todo canto e muitas pessoas dispostas a fazer novas amizades. O bairro é bem servido de metrôs e fica pertinho da Gran Vía, a principal avenida de Madri.
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Salamanca

Salamanca foi o bairro em que me hospedei em meus últimos dias em Madri (na Calle Serrano, a avenida mais chique da cidade). Lá ficam as lojas das marcas mais renovadas do mundo como Dior, Luis Vuitton, La Perla, Mont Blanc e afins. É um bairro bem residencial, com poucos turistas. Eu achei Salamanca pouco prático. Precisava andar muito para encontrar algum lugar acessível para comer ou fazer compras. Também não tem quase nada para fazer à noite. Apesar de ser um lugar perfeito para conhecer a verdadeira vida madrileña, se você tem pouco tempo para curtir a cidade, é melhor ficar num lugar mais central.
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Ventas

Ventas também é um bairro bem residencial. Foi lá que me hospedei, em um apartamento que aluguei pelo Airbnb, quando voltei do Caminho de Santiago. Apesar de ficar bem próximo à Calle de Alcalá, onde você encontra de tudo (de mercados a lojinhas de decoração, passando por restaurantes de todas as categorias), não é muito agitado pela noite. Ventas é o bairro dos toureiros e das dançarinas de Flamenco. Acabei encontrando um bar que ganhou meu coração (a Taberna La Tienta), que virou meu point noturno ali, mas se você procura curtir a noite, vai precisar pegar o metrô (e voltar cedo porque o funcionamento do transporte é só até à 1h da manhã).
Veja aqui hotéis em Ventas.
De qualquer maneira, hospedagem em Madri não é algo econômico -- independente da região. Por isso eu preferi ficar em apartamentos de moradores locais. Se você não gosta desse tipo de acomodação mas, ainda assim, quer economizar um pouco, procure algum albergue bacana. Há muitos albergues melhores que hotéis low cost.
Veja todos os posts sobre a Espanha aqui.
Beijos,
De qualquer maneira, hospedagem em Madri não é algo econômico -- independente da região. Por isso eu preferi ficar em apartamentos de moradores locais. Se você não gosta desse tipo de acomodação mas, ainda assim, quer economizar um pouco, procure algum albergue bacana. Há muitos albergues melhores que hotéis low cost.
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Beijos,
Eu AINDA não fui pra Europa... Só pro Japão e pros Eua.
ResponderExcluirFim desde ano, vou conhecer a Big Apple! Maior gelo!
Eu acho que Ventas é a minha cara... vamos ver como será em 2018...
Obrigado pelas dicas!