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A noite de Beirute (Líbano) - Parte 1: as baladas

Written By Luciana Sabbag on quinta-feira, dezembro 03, 2015 | quinta-feira, dezembro 03, 2015

Quando se fala em Oriente Médio, poucas pessoas imaginam uma noite badalada, com gente descolada, bebendo e dançando ao som de música eletrônica.  Mas assim é a noite de Beirute — e quase todos os dias da semana.


Estou para conhecer um povo mais boêmio que o libanês — que, em plena segunda-feira, está tomando uma cerveja Almaza num pub do Hamra, às 2 horas da manhã. O reflexo disso dá para perceber caso você precise resolver alguma burocracia em horário comercial: pode ser que tudo seja mais complicado e demorado, mas esse não é o tema deste texto.

Tudo no Líbano é bem exagerado, a começar pela comida. Em um restaurante, você pede um prato para você e a refeição vem tão bem servida que alimenta quase três pessoas. Libanês adora fartura! E é por isso que chega a ser falta de educação não aceitar a comida que lhe oferecem. Se tudo lá precisa ser em grande quantidade, é claro que, na noite, não poderia ser diferente. Tem balada que não serve shot de bebida, porque todo mundo só compra garrafa (mas não se assuste! As pessoas não têm o costume de sair sozinhas como no ocidente — ainda assim, se bebe “bem” em Beirute). Ah, sim! Esse é um detalhe a que se deve prestar atenção: a maioria das baladas não permite a entrada de homem desacompanhado de mulher. Isso porque os homens são muito mais “rueiros” que as mulheres e, se deixar, o público fica 100% masculino. Os bares e os pubs não fazem essa exigência (mas há muitas mulheres — principalmente estrangeiras tomando drinks nos balcões).

Como fomos no inverno (e, como em qualquer lugar do mundo, as coisas acontecem pra valer no verão), as melhores baladas não estavam tão lotadas e acabamos não curtindo as super festas como as pool parties que acontecem à beira mar. Por causa da neve nas estradas, muita gente acaba não descendo das cidades montanhosas para curtir a noite da capital (às vezes, a guarda até fecha as pistas para evitar acidentes), mas, ainda assim, pegamos uma noite bem agitada da White Beirut, uma das baladas mais famosas do Líbano. A entrada da White custa US$ 55 e, se quiser reservar uma mesa, pode separar uns US$ 600 (para seis pessoas com direito a algumas garrafas).


A White Beirut fica na Al Nahar Bldg, perto da Marina (bairro dos endinheirados de Beirute) e seu melhor dia é quinta-feira (dica de amigos nativos), mas vale conferir a programação no site para ver se não haverá nenhum show especial durante sua estadia pela cidade. A White, a balada toda branquinha, é a famosa que o teto abre e deixa a festa ao ar livre. O som é ótimo, o público lindo e o ambiente incrível! Não dá pra não ir. ;)


E por falar em festa ao ar livre, o Sky Bar é um dos spots favoritos dos descolados de Beirute e dos estrangeiros também (aliás, tem bastante europeu passando as férias por lá). O Sky Bar é considerado, por muitos veículos de entretenimento, a melhor balada do mundo! Sim! Localizada no alto do Biel Pavilion (Mir Arslane Ave, Area Minet El Hosn), com vista para o Mediterrâneo, a balada bombástica fica aberta de quinta a domingo, das 20h até altas horas. A casa tem DJs residentes, mas sempre recebe convidados e  muitos famosos. Nem sempre dá pra entrar: a espera costuma ser enorme e, se quiser reservar uma mesa, é preciso fazê-lo com meses de antecedência.


Para quem curte o estilo do famoso e internacional Buddha Bar, pode ficar feliz, pois há uma filial da balada em Beirute também. Na Rue Riad El Solh, Ousseily Bldg, você encontrará a imagem clássica do Buda gigante, sushi, fusion food e chill out.

Outra balada que vale a pena conhecer é a B018, que fica na Quarantina, LOT N. 317. A balada, assim como as várias outras de Beirute, também tem a brincadeira de abrir o teto. Só que a diferença aqui é que (reparou no endereço?) a balada é um lote mesmo, no subsolo de um estacionamento… E o solo se abre. É o máximo! A entrada custa US$ 15 e a reserva de mesa US$ 40.


Aproveite, mas não se esqueça de que no Líbano as regras são claras: homens bancam tudo; mulheres  não colocam a mão no bolso. Cavalheirismo em primeiro lugar.

No próximo post sobre a noite de Beirute, eu falarei sobre os pubs, que são a febre dos libaneses. Até lá!

Beijos, 
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Sobre Luciana Sabbag

Jornalista, 36 anos, canceriana, chorona. Se emociona com tudo. Vive sem muito planejamento, mas com muitos planos.

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