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Dia 2: Cidade do México (México) - Parte II - Coyoacán e Palacio de Bellas Artes

Written By Luciana Sabbag on domingo, março 18, 2018 | domingo, março 18, 2018

Eu estava caminhando por Xochimilco e já passava das 12h quando decidi chamar um Uber para me levar a Coyoacán. Pedi um Uber pool para ver se fazia alguma amizade (como aconteceu no almendrón que eu peguei em Cuba), mas a mocinha que já estava no carro quando eu entrei não saiu do telefone. 

Quando ela desceu, acabei ganhando várias dicas do motorista sobre o que fazer em Coyoacán. Ele me aconselhou a passear pelo centro do bairro (que lá na Cidade do México é chamado de distrito) quando saísse do museu e a experimentar nieve (sorvete de massa).

Cheguei ao Museo Frida Kahlo e fiquei chocada com o tamanho da fila. Ou melhor, das filas.


Essa fila gigantesca que aprece até o final do imóvel ao lado era para quem ainda não tinha ingresso. Passando a bilheteria, seguindo o outro sentido da rua, havia outra fila, um pouco menor, de pessoas que já tinham comprado pela internet. E havia uma terceira fila, menorzinha, para quem queria o Fridabus, um serviço de translado entre o Museo Frida Kahlo e o Museo Anahuacalli, que inclui as entradas para os dois museus.

Eu já tinha planejado comprar o Fridabus primeiro porque, ao comprar o pacote, o Museo Anahuacalli sai de graça, e segundo porque eu não precisaria me preocupar com minha locomoção entre um museu e outro. Eu não sou uma pessoa muito fã de museus, então seria uma maneira de me forçar a conhecer um museu além do único que me interessava (o da Frida, no caso).

E eu também já sabia que o Fridabus só está disponível aos finais de semana, por isso planejei minha visita a Coyoacán para domingo.

Se você quiser comprar seus ingressos para o Museo Frida Kahlo com antecedência, precisa acessar www.boletosfridakahlo.org e agendar o seu horário. O Fridabus só pode ser comprado na bilheteria da Casa Azul.

Os preços de 2018 são:

[Pela internet]
Entrada ao Museo Frida Kahlo durante a semana: MX$ 200
Entrada do Museo Frida Kahlo aos finais de semana: MX$ 220 

[Na bilheteria - sujeito a filas e disponibilidade]:
Entrada do Museo Frida Kahlo aos finais de semana: MX$ 120
Entrada ao Museo Anahuacalli: MX$ 90
Fridabus (inclui entrada aos dois museus + translado ida e volta): MX$ 150
Permissão para fotografar (ambos os museus): MX$ 30
Entrei na fila do Fridabus e comprei o meu ingresso por MX$ 150 (em dinheiro, direto com uma mocinha que fica organizando a fila) e peguei minha pulseirinha. Comprei também a permissão para fotografar, já que não tinha como estar ali sem tirar uma foto. Gastei R$ 30 ao todo.


Eram 13h e o próximo ônibus com destino ao Anahuacalli sairia às 14h (ele sai às 12h30, às 14h e às 15h30). Eu teria uma hora para conhecer a Casa Azul, mas se não desse tempo de ver tudo, poderia continuar a visita na volta do ônibus.

Já achei chato que, logo na entrada, me barraram e me mandaram dar meia volta e deixar minha bolsa no guarda-volumes. Aí, com mil coisas na mão, fiz uma brincadeira com a mocinha da catraca e ela não deu sequer um sorriso. "Passa", ela disse.

Já no primeiro cômodo, tomei uma bronca de outra mocinha porque eu estava atrapalhando o fluxo ao tirar uma selfie na frente do quadro. Hahahaha. Ai, cara! E olha que eu ainda paguei pra fotografar, hein? Quando eu subia a escada para o escritório da Frida, tomei mais uma bronca, de outra menina,  já que eu coloquei minha cabeça para dentro do cômodo para ver o que era aquilo, quando cheguei ao último degrau. "Espere a sua vez", ela disse. "Estou esperando. Estou aqui parada, não tá vendo?", respondi. Ela deu um sorrisinho sem graça e falou "sim, mas é que senão atrapalha os outros". Mas se você acha que as broncas acabaram está enganado! Um mocinho chamou a minha atenção, dizendo que eu não podia filmar o quarto da Frida – só fotografar. Onde tá escrito isso? Todas essas broncas foram em alto e bom som, na frente todo aquele monte de gente que também estava visitando a Casa Azul – o que me constrangeu bastante.

Tudo isso acabou estragando minha experiência ali. Uma equipe muito grossa e pouco prestativa com o turista. Dia desses eu li umas resenhas em sites de viagem e vi gente reclamando da mesma coisa. Na página do Museo Frida Kahlo no Facebook também há reclamações sobre os seguranças. Não é porque você trabalha no museu mais frequentado da cidade que você precisa ser estúpido com os turistas, certo?


Mas achei interessante. Acho que vale a visita só pelo que o museu significa. Eu, particularmente, nunca gostei desses pintores, mas é claro que não dá pra negar a importância do casal para a história da arte. E foi legal ver como eles eram ricos. E criativos. olha só a cozinha deles:


E essa era a oficina onde a Frida pintava seus quadros, quando já estava debilitada:

 

Terminei a visita e saí do museu para procurar algo para comer. Já eram quase 14h e, pra variar, eu não tinha comido. Perguntei para o grosso do menino da porta do museu se havia algum restaurante por ali e ele respondeu "cinco quadras para a esquerda". Nossa!

Foi só eu andar meia quadra à esquerda do museu para dar de cara com uma venda de comidinhas. E resolvi provar, então a tal torta de jamón. Obrigada pela ajuda, amiguinho do museu!


Que delícia! 

Fomos, então, eu e meu sanduíche de presunto com feijão direto para o ônibus que sairia para o Museo Anahuacalli em cinco minutos.

A viagem durou mais de vinte até o outro museu e, quando chegamos, nos avisaram que o ônibus de volta sairia às 15h30. Então eu teria mais de uma hora pra conhecer o museu todo? Pois fiz isso em quinze minutos.


Diferente do museu da Frida, os funcionários do Anahuacalli foram todos muito gentis. Mas o museu em si, eu achei meio programa de índio, apesar da riqueza cultural que ele tem. Achei que perdi muito tempo ali, esperando para retornar. 

O Anahuacalli é um espaço projetado por Diego Rivera para abrigar as mais de 50 mil peças do período pré-colombiano que ele colecionava. A arquitetura do museu imita Teocalli, o templo em forma de pirâmide, que significa “casa dos deuses”. Com elementos arquitetônicos indígenas, foi construído a partir de rochas vulcânicas retiradas do mesmo campo da erupção do Xitle.

Uma curiosidade: no Museo Anahuacalli foi gravada uma das cenas mais bonitas da série Sense8, na qual Lito e Nomi conversam sentados à frente do mural “Man at the Crossroads”, que foi desenhado originalmente para ser parte do Manhattan’s Rockefeller Center. Veja o vídeo.



Quando finalmente o ônibus chegou para nos buscar e nos levar de volta ao Museo Frida Kahlo, morri de felicidade e tirei aquele cochilo delícia! Eu já estava morta de cansaço. E de fome! Haha. Quando desci, fui direto ao centro de Coyoacán para conhecer mais desse bairro todo colorido e arborizado.

Foi quando encontrei uma super aglomeração de gente comendo e bebendo, em meio a barracas de comida e artesanato.


Andei um pouco, passeei pelo mercado, comprei um sanduíche e, depois de uma horinha, mais ou menos, chamei um Uber para voltar ao hotel. Eu havia comprado ingresso para assistir a um balé e não queria me atrasar. 

Descansei por alguns minutinhos, tomei banho, me arrumei e saí. Andando mesmo. O motorista do último Uber que eu peguei me garantiu que é muito tranquilo andar por ali, mas que eu deveria andar pela Av. Juarez. Outras ruas talvez não fossem tão seguras.

E aí o que aconteceu? Peguei o caminho errado. Jurei que estava na Av. Juarez, mas foi ficando deserto e escuro até que eu me liguei que não poderia ser aquele o caminho. Parei, olhei o Google Maps e vi que estava indo para um sentido completamente nada a ver. Bateu um pânico louco de estar em uma região perigosa e de me atrasar para o balé. Comecei a correr até que, finalmente, caí na rua certa. Realmente, a Av. Juarez é super agitada, cheia de turistas, música e festa. Eu estava andando pelos lados da China Town e não sabia.

Na Avenida Juarez está a Alameda Central, a primeira praça da Cidade do México, lindamente preservada (nem cachorros podem andar por lá), e com diversos monumentos, como o Hemiciclo a Benito Juárez (ex-presidente mexicano).


Logo depois está o Palacio de Bellas Artes, o principal teatro de ópera da Cidade do México, absurdamente lindo, todo de mármore branco trazido de Carrara, na Itália.


Uma particularidade do Palacio de Bellas Artes é a cortina de vitrais do palco, que representa um vulcão e os vales do México, que foi feita pela Tiffany & Co. Chique, né?


Eu fui ao Palacio para assistir ao Ballet Folklórico de México, um espetáculo magnífico, que apresenta todas os estilos do folclore mexicano, desde os rituais indígenas às danças mestiças e bailes regionais.

O espetáculo durou duas horas, mas se eu pudesse ver de novo, eu veria. Achei realmente maravilhoso!


Fiquei encantada! E aprendi muito sobre as manifestações dos costumes e das tradições de cada comunidade mexicana. Lindo demais e imperdível! Comprei o ingresso pelo site da Ticketmaster, como contei neste post.

Quando acabou o balé, voltei para o hotel pela Av. Juarez, com muita vontade de entrar nas baladas que estavam com o som reverberando por toda a avenida. Mas meu corpo não deixou. Eu estava realmente muito cansada.

Cheguei no hotel e capotei.

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Sobre Luciana Sabbag

Jornalista, 36 anos, canceriana, chorona. Se emociona com tudo. Vive sem muito planejamento, mas com muitos planos.

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