Dia 2: Ciudad del Este (Paraguai) - Trânsito, compras e Ponte da Amizade

Depois de passar a manhã nas Cataratas do Iguaçu e de almoçar no restaurante Porto Canoas, eu e minha irmã saímos do Parque Nacional do Iguaçu e fomos caminhando até o Hotel Canzi, que fica a uns 100 metros do Parque das Aves. Ou seja, do ladinho.

Pontualmente às 14h05, uma van da Transflix, da Loumar Turismo, foi nos buscar na porta desse hotel. O motorista/guia era o Dudu, o cara mais simpático, engraçado e solícito que conhecemos nessa viagem. Nosso destino era a Ciudad del Este, no Paraguai.

Chegamos à aduana em aproximadamente 15 minutos. Mas pra passar dela... Demoramos um século. É sempre assim, especialmente em feriados. Fica tudo parado mesmo. Isso porque ninguém pede documento -- imagine se pedissem!

Aliás, isso é um absurdo! É possível cruzar a fronteira e sair do Brasil tranquilamente, sem precisar apresentar nada. Eu levei meu passaporte, que acabei de renovar, porque queria ganhar um carimbinho de estreia na aduana paraguaia. Sonho meu. O guia contou que, uma vez, um casal de turistas foi pedir que carimbassem seus passaportes porque eles precisavam acumular carimbos para facilitar a obtenção de determinado visto e o pessoal da aduana ficou bravo. Não carimbaram e ponto final. Eles só precisavam fazer o trabalho deles, nada mais. Enfim.

Acabamos chegando do outro lado umas 16h -- e tínhamos apenas duas horas pra "conhecer" a cidade. Sendo que, às 16h, todos os camelôs e lojinhas de rua fecham. Só ficam abertos os shoppings (até às 19h).

O Dudu nos mostrou um pouquinho da (horrorosa) Ciudad del Este e nos deixou no Shopping Del Este, o ponto final do transfer da Loumar.

Nossa ideia nem era fazer compras, mas queríamos um perfuminho. Para comprar perfumes é preciso estar atento com as falsificações. Desconfie de preços muito abaixo da média e preste muita atenção às embalagens. Veja neste link como saber se um perfume é original ou falsificado.

E, claro, procure comprar apenas em lojas confiáveis. Mas como descobrir se uma loja é confiável? Perguntando a quem conhece bem. Antes de viajar, eu entrei para um grupo de Whatsapp dos clientes da Loumar Turismo, onde as pessoas ficam trocando dicas de tudo que há na Tríplice Fronteira, incluindo lojas do Paraguai.


Nosso guia, o Dudu, indicou a Macedônia e, de fato, era a mais em conta. A diferença não era muito grande das outras lojas grandes como o Shopping China -- mais um ponto para a confiança. Mas acabamos deixando pra comprar tudo em uma loja só, já que não tínhamos muito tempo.

Eu precisava de uns equipamentos de vídeo, mas desde o Brasil eu já havia pesquisado os valores e sabia que não compensava comprar eletrônicos no Paraguai -- na Santa Ifigênia, em São Paulo, os preços são os mesmos e eu ainda tenho um ano de garantia.

O estabilizador Osmo Mobile 2 está entre R$ 550 e R$ 600 na Santa Ifigênia. No Paraguai estava a US$ 135, ou seja, com a cotação do dia, R$ 545. Achei que seria uma economia boba.


Com o dólar a mais de R$ 4,00, muita coisa não compensa. A propósito, tudo é vendido em dólar no Paraguai. Isso porque, dessa maneira, ao venderem produtos importados, os lojistas não perdem dinheiro com a desvalorização das moedas. Mas o dólar pode ser convertido na loja mesmo, às vezes com uma cotação muito boa, e é possível pagar em notas de reais.

Compramos tudo que queríamos no Shopping China, como você pode ver no vídeo a seguir. Antes de viajar, comprei alguns dólares em São Paulo por R$ 4,15. No Shopping China, a cotação estava a R$ 4,05. Valeu a pena!


Depois das compras, fomos ao ponto de encontro do Transflix, no Shopping Paris, para voltar ao Brasil. O transporte sairia às 18h, mas o trânsito estava um absurdo. O guia nos disse que demoraríamos 1 hora para cruzar a fronteira. Não pensamos duas vezes. Resolvemos ir a pé e pegar um Uber do outro lado, já em nosso País.

Isso porque tínhamos um passeio agendado para às 19h, bem longe dali. Mas isso é assunto para o próximo post.

Então fomos, Ju e eu, caminhando pela Ponte da Amizade, sob uma poluição surreal e um barulho ensurdecedor de buzinas e motores de motos, caminhões e carros. Foi bem uma caminhadinha até chegarmos à Receita Federal. Se alguém olhou nossos documentos? Claro que não.

Cruzamos a fronteira e já estava escurecendo. Do outro lado da ponte o cenário não é dos melhores. Nós estávamos com bastante receio de ficar ali, já que tudo já estava fechado, o lugar era escuro e deserto. Chamamos um Uber e, depois de 10 minutos, ele cancelou a corrida. Começamos a ficar nervosas.

Finalmente, depois de mais uns 10 minutos, chegou o motorista da 99 que chamamos. Ele disse que estava quase cancelando a corrida também e que o lugar ali era meio barra pesada. Só agradecemos por não ter acontecido nada (e por ele não ter cancelado a viagem).

E seguimos a caminho da Itaipu Binacional.

Até o próximo post!

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