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6 dicas de segurança para mulheres que viajam sozinhas

Written By Luciana Sabbag on quinta-feira, setembro 12, 2019 | quinta-feira, setembro 12, 2019


Hoje eu quero falar de um assunto muito sério para mulheres que, assim como eu, viajam sozinhas: a nossa segurança.

Da mesma maneira que eu não enfrento problemas andando sozinha pela minha cidade (São Paulo), eu não costumo enfrentar problemas quando viajo. Entendo que isso deve-se ao fato de eu não marcar bobeira, não me expor a situações em que eu possa ficar vulnerável, como andar por ruas escuras ou desertas ou chegar de madrugada. Não me divirto menos por isso, mas em compensação, eu me protejo. 

Quando você se acostuma a andar sem ninguém do lado, você pega o jeito, fica mais atenta e mais esperta. Eu vivo olhando para os lados, com meus pertences sempre guardados, nada de câmeras e celular na mão o tempo todo, sempre desconfiando de qualquer um na rua. Mas nem todo cuidado é pouco. Às vezes, a gente acha que está totalmente segura porque está numa cidade tranquila, em um país super desenvolvido, andando durante o dia e, de repente, se depara com uma surpresa.

Uma vez, eu estava em Versalhes, na França, caminhando em direção à estação de trem. Chovia bastante e, por isso, não tinha quase ninguém nas ruas. Um homem me cumprimentou em árabe e eu, por educação, respondi. Mas que maldita foi a hora em que respondi... em árabe! Deveria ter respondido em português ou ter ignorado o cumprimento. Ele começou a puxar papo, perguntando de onde eu era, onde eu estava e aonde eu ia. Falei que estava com pressa, mas não adiantou. 

Então, do além, chegou outro amigo dele, um egípcio que não falava uma única palavra em inglês, mas que insistia em me fazer mil perguntas em árabe. Os dois me acompanharam até a estação e ficaram insistindo para que eu fosse com eles não sei pra onde, fumar arguile e tomar uns drinks. Eu dizia que não, obrigada, e eles não se contentavam. O egípcio se ajoelhou (!) na minha frente, implorando, enquanto o outro não parava de dizer que eu era linda e que queria me beijar. Ele pegava o meu braço e vinha em direção ao meu rosto (e eu andando, tentando sair dali). Mandei-os parar e afirmei que meus amigos estavam chegando para me buscar ali na estação, pedindo que eles fossem embora. Eles ficaram um tempão insistindo, falando, pegando no meu braço, até que eu comecei a berrar com eles. 

Então, eles saíram de perto e foram até a plataforma de trem. Eu, que precisava muito pegar o trem e partir para Gagny, decidi fazer hora ali fora para despistá-los. Eu ainda fumava na época, então acendi um cigarro e fiquei lá, esperando. Quando acabei de fumar, entrei na estação e, assim que passei pela catraca, vi os dois parados na plataforma, me chamando com a mão. Meu Deus! Eles não tinham ido embora!

Voltei correndo, comecei a gritar "help" e não havia um único segurança na estação ou qualquer pessoa que se solidarizasse comigo. Eu tremia, mas precisava pensar. Imaginei que a única forma de me safar daqueles dois seria me escondendo.

Fui para a lateral da plataforma, já que não havia banheiros nem nada que tivesse porta ou algo do tipo, e me escondi atrás de um pilar, sentada no chão. Vi, de longe, um deles voltando para me procurar, olhando de um lado a outro. Quando o trem ia partir, ele entrou no vagão. Eu fiquei realmente com medo e me mantive ali escondida até ter certeza de que eles não estavam mais por lá. Tive que esperar mais meia hora até sair outro trem, mas me safei. Não sei o que poderia ter acontecido -- talvez nada mesmo -- mas agradeci a Deus por ter saído dali.  

Nessas horas a gente até repensa se vale a pena mesmo viajar sozinha. Mas essas coisas podem acontecer aqui mesmo, no ponto de ônibus, no Parque Ibirapuera ou na volta do trabalho. O que precisamos ter em mente é que a única desvantagem de ser mulher é que ficamos sempre mais vulneráveis e que, por isso, temos que tomar muito mais cuidado. Não digo que a culpa foi minha dos babacas terem me seguido, mas talvez, se eu não tivesse respondido ao cumprimento do árabe, ele tivesse desistido antes. 

Em Cuba, todos os caras (todos, é impressionante!) mexem com a gente. Chamam de linda, puxam papo, pergunta de onde somos, se temos namorado, se queremos bailar una salsa. O negócio é ignorar, simplesmente ignorar. As próprias cubanas ignoram. Se damos trela, apenas por educação, eles já acham que o sinal está verde.  

Além dessa regrinha básica, confira 6 dicas de segurança para mulheres que viajam sozinhas:

1. Deixe que saibam onde você está

Antes de viajar em deixo meu roteiro com minha família e meus amigos, mesmo que eu vá para um lugar bem distante. Meu roteiro sempre tem os endereços e os telefones de todos os lugares onde vou ficar, seja hotel, casa de amigo, Airbnb, hostel... O importante é eu passar para as pessoas o máximo de contatos possível para que eu possa ser localizada. 
Quando saio de onde estou hospedada, eu aviso quem quer que seja. É claro que não preciso dar satisfação de tudo, mas digo mais ou menos que horas eu volto, por exemplo. É bom que se preocupem, caso eu não apareça.

2. Tenha contatos locais já antes de viajar

Procure fazer amigos ou, ao menos, contatos, antes de viajar. Alguém sempre conhece alguém que conhece alguém, que conhece alguém que mora onde vai visitar. Ter alguns telefones é importante. Já fiz muitos amigos em outros países através de amigos que nos apresentaram. Redes sociais também são uma boa forma de conhecer pessoas antes de viajar.

3. Informe-se muito sobre os lugares que vai 

Conheça o máximo possível sobre todos os lugares que você pretende visitar. Veja quais bairros são perigosos, quais regiões deve evitar, quais são os costumes locais, como as pessoas se vestem, até que horas você deve ficar na rua para não correr muito risco etc. Quanto mais informações você tiver, mais segura estará.

4. Evite entrar no carro ou na casa de pessoas que você acabou de conhecer

Adoramos conhecer pessoas e, se estamos solteiras, adoramos nos aventurar com homens locais, mas muito cuidado nessa hora. Se quiser ficar sozinha com o cara, evite o carro ou a casa dele, afinal, você não o conhece, não sabe quem ele é. Prefira um lugar mais público, uma balada, um hotel com recepcionista.

5. Não deixe que percebam que você está sozinha e/ou perdida

Em uma situação de alerta, não deixe que percebam que você está sozinha, que você está perdida ou, pior, que você está com medo. Ande decidida, firme e rápido. Procure um lugar seguro, de preferência cheio de gente. Se precisar consultar um mapa, entre em algum estabelecimento comercial. Não fique olhando o mapa no meio da rua (mesmo que o mapa esteja em seu celular).

6. Muito cuidado com coisas que lhe "tiram do ar"

Você pode até achar que álcool e drogas são muito divertidos, mas, PELO AMOR DE DEUS, cuidado. Mesmo que você ache que está acostumada ou que diga para si mesma que é só um copinho, só um traguinho, se você não está completamente sóbria ou lúcida, fica ainda muito mais vulnerável -- especialmente sozinha, sem ninguém para cuidar de você. E aí... Vai saber!

É claro que muita coisa não tem como prever, mas todo cuidado é pouco. Preserve-se ao máximo. Sua vida é o item mais precioso da sua viagem.

Beijo!


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Sobre Luciana Sabbag

Jornalista, 36 anos, canceriana, chorona. Se emociona com tudo. Vive sem muito planejamento, mas com muitos planos.

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