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Dia 17: Toledo (Espanha)

Written By Luciana Sabbag on segunda-feira, agosto 17, 2015 | segunda-feira, agosto 17, 2015

No domingo, 14 de junho, acordei em Madri lá pelas 10h da manhã, tomei um café e saí da casa do meu amigo, caminhando em direção à estação do metrô mais próxima, a Nuñez de Balboa. A ideia era conhecer a cidade medieval de Toledo, que fica a aproximadamente 90 Km de Madri.

Para fazer esse trajeto, eu tinha três opções: Blablacar, trem ou ônibus. Não consegui um Blablacar para a data e o horário que eu queria, então descartei a primeira opção. Cheguei a ver o trem, que leva apenas meia hora para chegar à cidade, mas achei o preço das passagens um pouco salgadinho (ida e volta saía por 26 euros, ou seja, 100 reais). Eu já sabia que o ônibus era a alternativa mais econômica e não hesitei. Tomei o metrô ali na Nuñez de Balboa e desci na estação Plaza Elíptica. Fui até o guichê da Alsa e comprei as passagens (ida e volta). Separadamente, cada passagem sai por 6 euros, mas, se comprarmos a ida e a volta de uma vez, o valor total fica 9 euros (descontinhos são sempre bem-vindos, né?).

Os ônibus de Madri para Toledo (e vice-versa) saem de meia em meia hora e demoram 50 minutos para chegar ao destino. Tomei o ônibus das 11h e antes do meio-dia eu já estava em Toledo


A estação de ônibus fica a pouquíssimos metros da entrada do Centro Histórico, que está localizado em um promontório rochoso. Para chegar lá em cima, basta seguir as indicações do chão, e subir pela (eterna) escada rolante, que fica logo depois do começo da Muralha (Muralla).

Dia 17: Toledo (Espanha)

Assim que a escada rolante acaba, se tem uma das vistas panorâmicas mais bonitas da Espanha (e que merece uma selfie). 

Dia 17: Toledo (Espanha)

Logo no começo da rua principal da cidade, há um centro de informações turísticas. Como eu não sabia nada sobre o lugar e muito menos o que eu queria fazer ali, dei uma passada no centro e pedi um mapa. A atendente, muito simpática, me aconselhou sobre os pontos turísticos imperdíveis e sobre os museus que eu poderia gostar.
Ignorei as dicas de museus (porque não ligo mesmo pra isso) e, com o mapa em mãos, segui em direção à Catedral. Mas, ao chegar, dei com a cara na porta (ela só seria reaberta mais tarde). Fiquei de voltar depois, mas acabei desistindo. Eu estava com bolhas gigantescas no pé e não aguentava mais andar.

Dia 17: Toledo (Espanha)

Saí passeando pela cidade, procurando pelas igrejas e acabei entrando no Convento Gaytanas. Lá dentro, uma freira enclausurada me atendeu através de uma janelinha. Comprei dela os doces típicos de Toledo, chamados mazapan (que achei bem ruinzinhos, pra ser sincera), que são biscoitos feitos de açúcar e amêndoas feitos pelas irmãs. Paguei 6 euros por 200 gramas. 

Dia 17: Toledo (Espanha)

Para visitar algumas igrejas e sinagogas, é preciso pagar (o que eu acho meio ridículo, mas compreendo que a cidade vive disso) e como eu estava economizando ao máximo e tinha uma semana de Paris (a cidade mais cara do mundo) pela frente, achei melhor não gastar com isso. 

Se você fizer questão (e tiver tempo) de visitar o interior desses pontos turísticos de Toledo, aconselho comprar a pulseira turística, que custa 8 euros e dá direito à entrada na Iglesia de los Jesuitas, no Monasterio de San Juan de los Reyes, na Mezquita del Cristo de la Luz, na Iglesia de Santo Tomé (onde está guardado o “Entierro del Conde Orgaz”, ópera prima do El Greco), na Iglesia del Salvador e na Sinagoga de Santa María la Blanca. Vale a pena porque a entrada de cada um desses locais custa de 2 a 4 euros. 

Comecei a procurar a Mesquita e me perdi. Mas me perdi completamente. Deu até vontade de chorar. 


Toledo é conhecida como a Cidade das Três Culturas (cristã, muçulmana e judaica) e sua história é calcada na prosperidade e no convívio pacífico entre esses três povos.

Dia 17: Toledo (Espanha)

A cidade é repleta de lojinhas de joias e de objetos feitos de aço (muitas espadas e facas). E o Centro Histórico é lotado, mas lotado mesmo, de turistas (eu ainda não tinha encontrado tantos brasileiros na Europa até então). E é tudo muito bonito e muito diferente. A cidade é basicamente formada de construções medievais, casinhas de pedra, ruínas, muitos templos, muita arte e muita história. E também tem muita subida e descida, portanto, vá preparado para caminhar.

Dia 17: Toledo (Espanha)
Dia 17: Toledo (Espanha)
Dia 17: Toledo (Espanha)
Dia 17: Toledo (Espanha)
Dia 17: Toledo (Espanha)

Não sei se eu não estava na vibe de viajar sozinha (na verdade, essa vibe eu nunca tenho), se estava triste porque minha temporada na Espanha estava acabando ou se eu estava com saudade de alguém que ficou em Madri, mas eu não amei Toledo, não. Além disso, o tempo estava feio, garoando, meus pés estavam doendo e tudo era muito caro. Eu queria almoçar e não achava nada por menos de 25 euros. Resolvi comer tortilla com pão num boteco mesmo (e gastei 10 euros). Comprei um sorvete, sentei-me na praça e fiquei deixando a hora passar, vendo os turistas passeando e observando o movimento da cidade. 

Lá pelas 17h, decidi voltar para Madri. Fui caminhando lentamente (e dolorosamente) até a estação e tomei o ônibus das 17h30. Capotei no ônibus e só acordei quando chegamos à Plaza Elíptica. Entrei no metrô e voltei para a casa do meu amigo. Como eu estava sem as chaves, fiquei fazendo hora no restaurante que fica embaixo do prédio onde ele mora. Tomei uma cervejinha deliciosa de trigo (que custou 6 euros) e, quando ele chegou, jantamos juntos ali mesmo. 

Dia 17: Toledo (Espanha)

À noite, fiquei ajudando-o a fazer um trabalho. Vimos um pouco de TV e fomos dormir. No dia seguinte, eu partiria de Madri. :(

Veja todos os posts sobre a Espanha aqui.

Beijos,

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Sobre Luciana Sabbag

Jornalista, 36 anos, canceriana, chorona. Se emociona com tudo. Vive sem muito planejamento, mas com muitos planos.

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