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Dia 21: Paris (França) - Luxemburgo, Montparnasse, Nossa Senhora da Medalha Milagrosa, Louvre e Notre Dame

Written By Luciana Sabbag on quarta-feira, agosto 26, 2015 | quarta-feira, agosto 26, 2015

Na quinta-feira, 18 de junho, acordei às 9h, me arrumei e tomei o trem para Paris. Desci na estação Luxebourg e entrei para conhecer o Jardim de Luxemburgo (Le Jardin du Luxembourg), o maior parque público da cidade, com 224 mil m².

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Assim que comecei a caminhar no sentido do Palácio, veio a chuva. Ah, que bacana! Ainda bem que eu estava com o meu corta-vento do Caminho de Santiago (basicamente um casaco de plástico) na mochila. 

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Percebi que os parisienses não se importam muito com a chuva e continuam fazendo suas atividades como se nada estivesse acontecendo. 

Saí do parque e caminhei em direção ao Cemitério de Montparnasse (3 Boulevard Edgar Quinet). Mesmo sem internet no celular, eu consegui usar o Maps. Para isso, eu carreguei o mapa antes de sair de casa, usando o Wi-Fi, e saí com ele aberto. Sem internet, o Maps não cria rotas, mas aponta a sua localização. Então, se você for bom de mapas como eu, consegue se virar muitíssimo bem. :)

O Cemitério de Montparnasse é bem grande, mas há diversas placas com a localização dos túmulos das pessoas famosas. 

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Li todos os nomes e poucos me interessaram. Fui atrás só dos que eu queria ver, como o túmulo de Simone de Beauvoir e Jean-Paul Sartre...

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... E de Charles Baudelaire.

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Dei só uma voltinha pelo cemitério e fui embora. Minhas bolhas estavam aumentando a cada dia e quase um mês de andanças estava me matando. Saindo do cemitério, passei em um mercado e comprei dois sanduíches naturais -- um para o meu café-da-manhã (tardio) e outro para o meu almoço. Eu já estava vivendo de pão havia 20 dias mesmo! Hahaha.


Passei pelas Galeries Lafayette e parti em busca da Capela de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa, a Chapelle Notre Dame de la Médaille Miraculeuse (140 Rue du Bac), ou seja, a igreja de Nossa Senhora das Graças. Esse era o lugar que eu mais queria conhecer em Paris. O único lugar que eu realmente me planejei para ir. Eu não poderia jamais ir embora da França sem conhecer essa igreja, que tem um significado muito especial pra mim. 



Só para explicar, foi nesse lugar que Nossa Senhora apareceu para a Irmã Catarina Labouré, em 19 de julho de 1830. Nossa Senhora disse à Catarina que grandes calamidades estavam por vir, que o perigo seria imenso, mas que aquela comunidade não tinha o que temer porque Ela a protegeria. Porém, não se daria o mesmo com outras Congregações. 

Haverá vítimas no clero de Paris... O Arcebispo morrerá. Minha filha, a Cruz será desprezada e derrubada por terra. O sangue correrá. Abrir-se-á de novo o lado de Nosso Senhor. As ruas estarão cheias de sangue. O Arcebispo será despojado de suas vestimentas... Minha filha, o mundo todo estará na tristeza.

Uma semana depois, explodia nas ruas de Paris a revolução de 1830, confirmando a profecia contida na visão de Santa Catarina. Desordens sociais e políticas derrubaram o rei Carlos X, e por toda a parte se verificaram manifestações de um anti-clericalismo violento e incontrolável: igrejas profanadas, cruzes lançadas por terra, comunidades religiosas invadidas, devastadas e destruídas, sacerdotes perseguidos e maltratados. Entretanto, cumpriu-se fielmente a promessa de Nossa Senhora: os padres Lazaristas e as Filhas da Caridade, congregações fundadas por São Vicente de Paulo, atravessaram incólumes esse turbulento período.

No sábado, 27 de novembro de 1830, Nossa Senhora apareceu pela segunda vez à Irmã Catarina Labouré. Dessa vez, seus anéis lançavam raios, que se alargavam à medida que desciam. Ela disse à Catarina que a esfera que se formava representava o mundo inteiro, especialmente a França, e que os raios eram o símbolo das graças que Ela derrama sobre as pessoas que mais pedem. Nesse momento formou-se um quadro em torno de Nossa Senhora, um pouco oval, no alto do qual estavam as seguintes palavras: "Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós". Nossa Senhora, então, pediu à Catarina que mandasse cunhar medalhas conforme este modelo. "Todos os que a usarem, trazendo-a ao pescoço, receberão grandes graças. Estas serão abundantes para aqueles que a usarem com confiança".

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A Medalha Milagrosa de Nossa Senhora se espalhou rapidamente pelo mundo inteiro. Quando eu adquiri uma medalha, no Santuário Mãe de Deus, aqui em São Paulo, eu recebi três graças. Desde então, me tornei devota de Nossa Senhora das Graças e é por isso que eu não podia deixar de visitar essa Capela em Paris.

Fiquei muito emocionada em ver o corpo de Santa Catarina Labouré. Ela morreu em 1876 e seu corpo foi exumado em 1933, totalmente incorrupto. Nesse mesmo ano ela foi beatificada pelo Papa Pio XI e, em 1947, foi canonizada pelo Papa Pio XII. Que coisa maravilhosa ver um milagre de perto!

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Fiquei um tempão na igreja e comprei uma centena de Medalhas Milagrosas para distribuir aos meus amigos e parentes. Depois, fui à praça perto da igreja, para almoçar meu sanduíche natural. Hahaha.


Segui caminhando pela Rue du Bac até chegar à Igreja de São Tomás de Aquino, ou Église Saint Thomas d'Aquin (3 Place St Thomas d'Aquin), que é muito, muito linda.

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Continuei caminhando em direção ao Sena e fiz uma pausa na frente do Museu de Orsay, ou Museé d'Orsay, antes de seguir para o Museu do Louvre


Como falei, obviamente não entrei. Hahaha. Até pensei em entrar só por entrar, mas fiquei com preguiça. Meus pés doíam demais e eu já tinha caminhado horrores (e ainda ia caminhar muito mais!).  

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Depois das fotos, fui conhecer a Catedral de Notre Dame, ou Cathédrale Notre Dame de Paris (6 Parvis Notre-Dame - Pl. Jean-Paul II).


Eu dei a maior sorte porque, assim que entrei, começou a Santa Missa. Sentei-me para assistir e, mesmo em francês (ou seja, não entendi nada), achei lindo. Os rituais são os mesmos em qualquer lugar do mundo, então um católico nunca fica perdido em uma Missa -- mesmo não sabendo o idioma. 

Quando acabou a Missa, a Catedral fechou (mesmo com uma fila enorme de turistas ainda querendo entrar) e eu saí em busca de uma estação de metrô para voltar pra casa. Ao passar pela Pont d'Arcole, um rapaz gracinha, que vinha na direção contrária à minha, me sorriu e disse bonjour. Como achei que ele tinha uma cara de libanês escrita, perguntei: "Lebnan?". E ele respondeu que não, que havia nascido na Grécia, mas morava em Paris havia cinco anos. Ok, gregos e libaneses costumam ter o mesmo biotipo, vai. Ele perguntou se eu tinha tempo e se poderíamos bater um papo à beira do Sena. Eu disse que tudo bem e desci as escadas com ele. 

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Mixalese era realmente uma graça e ficou encantado comigo -- sabe-se lá porquê. Conversamos por um tempão, apesar do inglês dele ser bem ruim e a gente quase não se entender (ele explicou que não praticava na França, já que ninguém gosta de falar inglês por lá). Ficamos vendo o por do sol refletindo no rio (que coisa linda!) e, depois, ficamos passeando pelas redondezas (passamos pela Pont des Arts, a ponte dos cadeados, pelo Marco Zero...), enquanto ele me explicava a história das coisas, como um perfeito guia turístico. 

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Tomamos o mesmo metrô, combinamos de nos encontrar no dia seguinte para tomar um vinho (mas eu não iria porque minha cabeça e meu coração ainda estavam em Madri) e nos despedimos, quando eu tive de descer para fazer a baldeação e pegar o trem para Gagny.

Cheguei à casa da Helô exausta. Jantamos (tortilla espanhola!) e fomos dormir. Foi um dia bem produtivo! :)

Veja todos os posts sobre a França aqui.

Beijos, 


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Sobre Luciana Sabbag

Jornalista, 36 anos, canceriana, chorona. Se emociona com tudo. Vive sem muito planejamento, mas com muitos planos.

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