Dia 3: Puerto Iguazú (Argentina) - Parque Nacional Iguazú, as Cataratas do lado argentino e o passeio Gran Aventura

Eu gostaria muito de ter dormido bem, mas tive meu sono interrompido pelas chapecoenses que estavam em nosso quarto e fui obrigada a dar um chilique de madrugada. Mandei calar a boca e tudo! Ah, gente... A primeira regra para se hospedar em um hostel é ter respeito.

Acredita que elas levantaram às 3h da manhã para ir embora, mas fizeram o maior barulho até às 4h30? Nós tínhamos que levantar às 6h, então eu não tive paciência mesmo. Quando elas saíram do quarto, resolveram ficar na varanda do Hostel Poesia, assistindo a vídeos no Youtube, em alto e bom som, de-bai-xo da nossa janela. É brincadeira? Subi na janela e dei um berro com elas, sem dó nem piedade. Eu precisava dormir. De verdade. Eu e todos os hóspedes. Elas demoraram, mas foram embora.

Cochilei e o despertador tocou. Então, eu e a Ju tomamos banho e nos arrumamos rapidinho, engolimos qualquer coisa no café da manhã e a van do Transflix, da Loumar Turismo, chegou pontualmente às 7h05 para nos buscar.

Nosso guia nos levou até um posto de gasolina na Avenida das Cataratas, que tem uma casa de câmbio para que todos pudéssemos trocar dinheiro (real por peso argentino) já que no Parque Nacional Iguazú não aceitam real.

Eu e a Ju estávamos sem dinheiro em papel e nessa casa de câmbio pudemos comprar os pesos argentinos com cartão de débito sem pagar nada a mais por isso. Pegamos 1.818 pesos cada uma (o equivalente a R$ 200, já que a cotação estava R$ 0,11) -- o suficiente para pagarmos pelo ingresso no parque, que estava custando 640 pesos cada, comer e gastar na feirinha depois.

Essa entrada no parque, bem como os passeios de barco que tem lá dentro podem ser comprados pela internet antes, tanto pelo site do Parque Nacional Iguazú como pelo site de agências como a Loumar Turismo (onde dá pra pagar em real e parcelar em até 10 vezes sem juros). Nós já havíamos comprado o passeio de barco pela Loumar, mas a entrada no parque ainda não.

Depois que todo mundo trocou dinheiro, nosso ônibus partiu para a Argentina. Chegamos na aduana em menos de 15 minutos. Mas aí, pra passar pela fronteira é que foi o parto. Diferentemente do Paraguai, na Argentina, todo mundo precisa apresentar o documento. E para registrarem a entrada de cada um demorou mais ou menos uma hora.

As Cataratas Argentinas

Da aduana até o Parque Nacional Iguazú também foi rapidinho. Lá, compramos nossos ingressos e trocamos nossos vouchers da Loumar para o passeio Gran Aventura. Havíamos reservado o passeio das 11h, mas já eram 10h25 quando chegamos, então o guia da Loumar sugeriu fazermos o das 12h45 porque não daria tempo de chegarmos até a saída do passeio. E enquanto isso, poderíamos fazer uma das trilhas das Cataratas.


Bem diferente do lado brasileiro, onde você faz a trilha para chegar até a parte principal das Cataratas, vendo, do lado oposto, as quedas d'água, no lado argentino você caminha por cima (ou, no caso da trilha inferior, na frente) das quedas. É um espetáculo!

Eu realmente acho que é preciso visitar os dois parques, mas o ideal é ir primeiro ao lado brasileiro e depois ao argentino. Se você fizer isso, vai entender o porquê.


O lado argentino é gigante. Tem duas trilhas (a superior e a inferior), além da trilha que leva à Garganta do Diabo, a maior queda d'água das Cataratas, para onde é preciso ir de trem. Por isso, o ideal mesmo é visitá-lo em dois dias. O parque dá um desconto de 50% para quem vai pela segunda vez -- basta apresentar o ingresso do primeiro dia na bilheteria.

Eu e a Ju, infelizmente, não tínhamos muito tempo para desfrutar do parque. Só conseguimos fazer uma das trilhas -- e escolhemos a superior porque, quando fizéssemos o Gran Aventura, teríamos a visão das cachoeiras de frente.

Assim, terminada a trilha, comemos algumas empanadas e fomos para o nosso passeio de barco. O caminhãozinho que nos levou até a saída do barco saiu à 12h45. O trajeto é um tanto grande e o guia foi nos explicando sobre os animais da selva pela qual passamos, sobre o canto dos pássaros e, claro, sobre o Gran Aventura.

O Gran Aventura

Ao chegarmos no ponto de partida do barco, descemos uma escadaria imensa e, depois, vestimos o colete salva-vidas e guardamos nossos pertences em uma sacola impermeável que todo mundo recebe gratuitamente. Nós bem que tentamos ficar na frente do barco, mas não conseguimos.


Esse passeio foi uma das experiências mais incríveis da minha vida. Eu não tenho como descrevê-lo em palavras, mas foi uma alegria sem fim. Eu e a Ju (e todas as pessoas do barco) gargalhávamos feito crianças. É tanta emoção que a gente fica meio bobo.

Antes de começar, eu estava morrendo de medo. Tinha receio do barco virar e, numa correnteza dessas, desaparecer pra sempre, mas tudo correu perfeitamente bem. E, na boa, não dá medo nenhum entrar debaixo de uma cachoeira dessas... Só dá é emoção. Eu até chorei! <3

O passeio custou R$ 245, mas foram os R$ 245 mais bem gastos da minha viagem.

Escolhemos o Gran Aventura e não o Macuco Safari porque em todas as descrições dos passeios dizem que o Gran Aventura é mais radical. Não pude comparar, infelizmente, mas minha amiga Catherine Tonnel fez os dois e me garantiu que o Gran Aventura é muito mais legal. Além disso, vi em várias avaliações que o Macuco é muito rápido. Ah, sim, Macuco Safari é o passeio de barco do lado brasileiro, enquanto o Gran Aventura é o passeio argentino.


Veja no vídeo abaixo como foi toda essa experiência e inscreva-se no canal do #SINTRIP!


Já eram 15h30 quando voltamos do Gran Aventura, por isso não tínhamos tempo de fazer mais nada no parque. Seguimos para a saída e tomamos um ônibus para a nossa próxima parada. Mas isso fica para outro post.

Um beijo!