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Dia 23: Paris (França) - Cimetière du Père-Lachaise, Sainte-Chapelle e Conciergerie

Written By Luciana Sabbag on sexta-feira, agosto 28, 2015 | sexta-feira, agosto 28, 2015

No sábado, 20 de junho, eu saí cedo de Gagny e tomei o trem para Paris. Fiz a baldeação para a linha 2 do metrô e desci na estação Père Lachaise. Eu já tinha visitado o Cemitério de Montparnasse, onde estão alguns túmulos de pessoas famosas, mas eu queria mesmo era conhecer o Cimetière du Père-Lachaise

Assim que saí da estação do metrô, caí numa feirinha, com centenas de imigrantes vendendo tudo que você pode imaginar. Eu detesto esse tipo de feira, mas se você gosta, vai pirar, porque ela é imensa. 


Passear por cemitérios é um programa meio bizarro, mas o Cimetière du Père-Lachaise é uma das atrações turísticas mais visitadas de Paris, com mais de dois milhões de visitantes por ano. Enterradas entre as mais de 70 mil sepulturas estão personalidades como o roqueiro Jim Morrison, os escritores Molière, Honoré de Balzac e Oscar Wilde, o músico Frédéric Chopin, o espírita Allan Kardec e, para mim, a mais importante de todas, "La Môme Piaf", minha amada Édith Piaf

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Assim que entrei no cemitério, vi um bando de turistas brigando por espaço para fotografar o mapa indicativo dos túmulos das celebridades. Eu achei que este seria como o Cemitério de Montparnasse e teria placas em todos os cruzamentos -- dei até uma debochadinha interna -- mas me enganei. Não há mapas pelo cemitério: vi só dois nele inteiro (um na entrada e outro lá no fundo). Acontece que o Père-Lachaise é imenso -- possui uma área equivalente a mais de 50 campos de futebol -- e, sem um mapa na mão você nunca encontrará os túmulos que deseja visitar. Tive de voltar e fotografar o mapa. ¬¬

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Como o túmulo da Piaf era o que eu mais queria ver e como eu não sabia quanto as bolhas dos meus pés me permitiriam andar, fui direto ao ponto. Caminhei horrores, mas finalmente cheguei -- e me decepcionei um pouquinho: achei que seria um "senhor túmulo", para honrar a grande dama da música que ela foi.

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Selfie com túmulos: trabalhamos. Eu queria ficar mais à vontade ali, mas uma fã louquinha, que estava aos prantos, com Piaf nos fones de ouvido (sei porque escutei ela falando para o senhor que estava ao lado, enquanto compartilhava os fones com ele), não saía da frente do túmulo. Então mal consegui fotografar. 

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Segui em busca dos túmulos que eu queria ver, encontrando várias bizarrices pelo caminho. E o túmulo de Oscar Wilde é um tanto quanto exótico (e cheio de beijos de batom das fãs).

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Depois fui atrás do túmulo de Molière, Chopin, Kardec e Jim Morrison


Deixei a marca do #SinTrip na grade do túmulo do Jim Morrison. Se um dia você encontrá-la, me conte! :D

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E há tanta gente famosa enterrada no Cimetière du Père-Lachaise, que você verá grupos e guias por todos os lados. Ouvi dizer que alguns guias organizam passeios temáticos para visitar só as sepulturas de mestres da literatura ou só a de mestres da música, por exemplo.

Aproveitei que estava ali no bairro e fui conhecer a Basília de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, ou Basilique Notre Dame du Perpétuel Secours (55 Boulevard de Ménilmontant), que é enorme e linda.

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Passei num mercadinho que vi por ali, comprei meu almoço (obviamente, um sanduíche natural) e tomei o metrô para a estação Saint-Michel, para visitar a Sainte-Chapelle (8 Boulevard du Palais).

Considerada obra-prima do estilo gótico, a Santa Capela foi construída por Luís IX (São Luís) para armazenar as relíquias da Igreja Católica, inclusive a coroa de espinhos de Jesus Cristo (que está hoje na Catedral de Notre Dame e eu nem sabia) e um fragmento da Vera Cruz. Mas o que impressiona na Sainte-Chapelle são os vitrais, que formam um conjunto único de 1.113 cenas figurativas do Antigo e do Novo Testamento (dê uma atenção especial ao Apocalipse).


Para entrar na Sainte-Chapelle (depois de uma fila quilométrica), é preciso pagar 8,50 € (estudantes pagam 6,50 €). Mas, se você quiser visitar a Conciergerie como eu quis, pode comprar o ingresso combinado, que sai por 13,50 € (ou 10,50 € para estudantes). Para visitar somente a Conciergerie, é preciso pagar 8,50 € também.

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Saindo da Sainte-Chapelle, atravessei o Palácio da Justiça e peguei a fila para a Conciergerie, que não era tão grande quanto a da Capela. Este local é a parte mais antiga do Palácio da Cidade, o primeiro palácio real da capital da França, usado como prisão durante a Revolução Francesa.

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Considerada antessala da morte, poucos prisioneiros saíam vivos da prisão da Conciergerie. A Rainha Maria Antonieta foi presa em 1793 e saiu de lá direto para a guilhotina. A visita não é a coisa mais incrível do mundo, mas se torna bacaninha quando você entra no corredor das celas e vê as solitárias recriadas.

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Dia 23: Paris (França) - Cimetière du Père-Lachaise, Sainte-Chapelle e Conciergerie

Saí de lá, desci as escadas para a beira do Rio Sena e peguei o Batobus, afinal, no dia anterior, eu havia comprado um bilhete para dois dias de passeio. Como eu não tinha mais nenhum plano para esse sábado, fiquei passeando de barquinho de novo. Ô, coisa gostosa que é isso! :)

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Quando chegamos à Torre Eiffel, eu desci do barco, me sentei nos jardins do Champ de Mars e finalmente almocei o meu sanduíche. Depois de um tempão admirando pela milésima vez o ferro-velho em forma de torre, tomei o metrô e voltei pra Gagny.

Veja todos os posts sobre a França aqui.

Beijos,

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Sobre Luciana Sabbag

Jornalista, 36 anos, canceriana, chorona. Se emociona com tudo. Vive sem muito planejamento, mas com muitos planos.

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